“A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...”
(Cazuza)
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...”
(Cazuza)
É o último que te dedico
(assim espero)
Dos poemas que minha alma escreve!
Demora, mas poeta também se revolta.
Dei-te a vida e ainda mais,
Minha voz, meu grito,
E, num surto de loucura,
Dei-te meu mais precioso bem: A Poesia
Logo ela que é meu alazão destemido,
Meu melhor e mais prazeroso vício!
Dei-te e nem percebi,
Tomo-te e talvez nem saibas que foi tua!
Não escolhi ser poeta,
Nem minha mãe acariciava o ventre
Me desejando tal destino. O mundo me deformou!
Me reformou! Me transformou!
E se não escolhi ser poeta,
Muito menos escolhi te amar assim.
Mas poeta não tem escolha,
Tem instinto e nada mais!
E assim, por ser poeta,
Amei-te platonicamente
Pois o inalcançável
Faz-nos ir mais longe.
Fui longe demais e me perdi
(ou me achei?)
E para me encontrar rompo esse pacto
De platonicamente amar-te!
É a alforria do poeta!
Quero agora amor consumado
E não amor que me consuma
Sem me dar felicidade!
01/09/2007